Parnasianismo

O Parnasianismo começou a se manifestar no final da década de 1870, sob influência francesa, e só conseguiu êxito na França e no Brasil. Seu marco inicial foi a publicação da obra Fanfarras, de Teófilo Dias, em 1882. O termo Parnasianismo relaciona-se ao "Parnassus", um lugar mutológico que seria morada das musas e onde os artistas buscariam inspiração.

É a manifestação poética do Realismo, podenso ser considerada poesia anti-romântica. Seu lema é "arte pela arte", ou seja, ele procura atingir a perfeção formal. A objetividade temática surge como negação do sentimentalismo romântico, os parnasianos buscam a impassibilidade e a impessoalidade.

A antiguidade clásica é retomada pelos parnasianos, que a veem como ponto de referência à almejada perfeição formal. Surge a poesia de meditaçao, filosófica, mas artificial, o gosto por fatos, paisagens e objetos exóticos, com visão carnal do amor.

Por conta do culto a formas as características dos poemas parnasianos são: sonetos. versos alenxandrinos perfeitos, rimas ricas, raras, perfeitas, vocabulário incomum e predomínio da ordem indireta.

Este estilo se prolongou até a Semana de Arte Moderna, em 1922, quando foi abatido pelos modernistas.

AUTORES:

OLAVO BILAC (1865 – 1918):

Sempre buscou ela perfeição formal, poe isso escrevia seus poemas em versos alexandrinos. Quanto à temática, é um poeta voltado para a Antiguidade Clássica, como Panóplias, A sesta de Nero, Lendo a Ilíada, entre outros. O lirismo também eatava presente em Via Láctea e em "Nel mezzo del camin" com seus pleonasmos e inversões. Em "Alma inquieta e "Viagens", o poeta cai em temas de meditação, filosóficos. Há também poemas épicos em Viagens. E Tarde mostra não só o poeta mais descritivo e profundamente nacionalista como também consciente do fim, da proximidade da morte. Tinha mérito na campanha pró-alfabetização e evidencia seu amor à língua em seu poema Língua Portuguesa. É também o autor da letra do Hino à Bandeira.

ALBERTO DE OLIVEIRA (1859 – 1937):

Permanecia à margem dos acontecimentos históricos e era fiel ao Parnasianismo, tento sua temática presa aos rígidos preceitos parnasianistas, como a poesia descritiva da natureza e dos objetos, exaltando a forma. Escreveu: Canções românticas, Meridionais, Sonetos e poemas, Versos e rimas. Poemas como Vaso Grego, Vaso Chinês e A estátua acentuam o descritivismo do Alberto de Oliveira.

RAIMUNDO CORREIA (1860 – 1911):

Estreou como romântico na obra Primeiros sonhos em que revela influência das gerações de poetas românticos. Passa a revelar-se parnasiano com o livro Sinfonias, formando a trindade parnasiana. Assume a temática da moda, cantando a natureza, a perfeição formal dos objetos, a cultura clássica. E em sua poesia filosófica, ocorre a meditação marcada pela desilusão, o fim dos sonhos e um forte pessimismo. Há um aspecto controvertido em sua obra, quando foi acusado de plagiador; a despeito dessa dúvida, não se pode negar a influência de autores europeus em seu estilo. Escreveu ainda: Versos e versões e Aleluias. O poema marcante de Raimundo Correia foi As pombas, profundamente filosófico. Além da tríade parnasiana, podemos ainda citar os autores.

VICENTE CARVALHO (1866 – 1924):

Conhecido como o poeta do mar, que seguiu a estética parnasiana. Publicou: Ardentias, Relicário, Rosa, rosa de amor, Poemas e canções.

FRANCISCA JÚLIA (1871 – 1920):

Perseguia o ideal parnasiano da "impassibilidade" visível no poema Musa impassível.