Aluísio Azevedo

Biografia

 

Nasceu em 1857 em São Luís, no Maranhão. Além de ter sido um literário eclético também era caricaturista e bom pintor. Foi, também, o primeiro escritor profissional do Brasil, ou seja, o primeiro a viver da literatura.
Em 1876, seu irmão, Arthur Azevedo, que era conhecido por conta de seu teatro cômico, o convida a ir ao Rio de Janeiro. Porém, por necessidades financeiras, já por volta de 1878, Aluísio volta ao Maranhão e passou a trabalhar na imprensa e investir na carreira de escritor.
Escrevia, em sua maioria, obras românticas e realistas-naturalistas, o primeiro estilo para sustentação e o segundo por prazer. Ele chegou a escrever uma carta ao seu amigo, o deputado Afonso Celso, pedindo-lhe um cargo no governo, para que pudesse parar de escrever obras românticas, passando então a escrever apenas por prazer. E então, no auge de sua fama como escritor, abandonou a literatura e seguiu carreira diplomata.
Aluísio de Azevedo morreu em 1913, aos 55 anos, em Buenos Aires.

 

Estilo

 

Suas obras românticas tem clichês da época: conflitos sentimentais, amores impossíveis e finais felizes.
Suas obras realistas-naturalistas tem influência de Zola e Eça de Queirós. O detalhismo cruel, a patologia, a vida cotidiana e a agitação popular de Zola, e a importância da descrição dos ambientes de Eça de Queirós.

 

Contribuições

 

  • Inaugurou Aluísio a estética do naturalista no Brasil com a publicação do romance "O mulato" (1881). É também autor de outros romances de mesma estética, "Casa de pensão" (1884), "O cortiço" (1890) e outros.
  • Tendo por influência escritores naturalistas europeus, dentre eles Émile Zola, por tal ótica capta a mediocridade rotineira, a vida dos sestros, os preconceitos e mesmo taras individuais, opção contrária à dos românticos precedentes.
  • Fazem-se veementemente presentes em sua obra certos traços fundamentais do Naturalismo, quais sejam a influência do meio social e da hereditariedade na formação dos indivíduos, também o fatalismo. Em Aluísio "a natureza humana afigura-se-lhe uma certa selvageria onde os fortes comem os fracos", afirma o crítico Alfredo Bosi.

 

Obras


Romances: Uma lágrima de mulher (1879); O Mulato (1881); A condessa de Vésper (1882); Girândola de amores (1882); Casa de pensão (1883); Filomena Borges (1884); O coruja (1885); O homem (1887); O Cortiço (1890); A mortalha de Alzira (1893); O livro de uma sogra (1895).
Conto: Demônios (1893).
Crônicas e Cartas: O Touro Negro (1896).
Teatro: Os doidos (1879); O mulato (1884). Ambos em parceria com o irmão, Arthur Azevedo.

Aluísio Azevedo foi um dos fundadores do Sodalício Brasileiro, onde ocupou a cadeira 4, que tem por patrono Basílio da Gama.

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